Qdenga havia sido autorizada em março pela Anvisa; dose dá ampla proteção contra a doença
Uma nova vacina para o combate à dengue deve chegar ao País nesta semana. O imunizante terá na composição diferentes sorotipos do vírus causador da enfermidade, a Qdenga, da empresa japonesa Takeda Pharma Ltda, que havia sido aprovada no último mês de março pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). A novidade foi anunciada pela ABCVAC (Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas) na última quinta-feira (22).
Segundo a agência, a dose confere ampla proteção contra a dengue.Em nota em seu portal, a associação de clínicas informou sobre os valores das vacinas para o consumidor final, que dependerá de cada localidade.
“A ABCVAC esclarece que o valor da vacina da dengue deverá variar entre R$ 350 e R$ 500 para o consumidor final, dependendo do Estado. Em São Paulo, por exemplo, o preço máximo ao consumidor autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária para as clínicas é de R$ 379,40”, informa.
“As clínicas devem utilizar esse parâmetro na composição da sua precificação final, que também inclui o atendimento, a triagem, a análise da caderneta de vacinação, as orientações pré e pós-vacina, além de todo o suporte que os pacientes necessitam para se informar corretamente sobre a questão da vacinação”, acrescenta trecho do texto.
Ainda segundo a Anvisa, o imunizante deve ser ministrado a vários públicos, desde crianças com mais de 4 anos até adultos até 60 anos. Com a autorização, o imunizante passa a ser a primeira dose aprovada no País para um público maior, já que a Dengvaxia, vacina aprovada anteriormente, só pode ser usada por quem já teve a doença.
A Qdenga estará disponível em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações, que devem ter administração via subcutânea. A agência explica que a eficácia contra a doença causada pelo mosquito Aedes Aegypti para todos os sorotipos combinados entre indivíduos soronegativos, os sem infecção anterior pelo vírus, foi de 66,2%, enquanto para pessoas soropositivas, as que tiveram infecção anterior pelo vírus, foi de 76,1%.
FALSIFICAÇÃO
A Anvisa determinou na última quarta-feira (21) a apreensão e também a proibição de venda, da distribuição e do uso de medicamentos falsificados.
Foram encontradas unidades falsificadas no lote C3709C3 de Botox, remédio usado em tratamento de diversas doenças, como microcefalia, paraplegia e espasmos musculares; no lote 701012LR de Durateston, utilizado no tratamento de reposição de testosterona; e no lote W07209 de Dysport, remédio para tratar doenças relacionadas à contração involuntária de músculos e à disfunção das glândulas sudoríparas.
Segundo a agência, esses medicamentos podem ser diferenciados pelas datas de fabricação e validade, que são diferentes dos produtos originais.
“A Anvisa orienta que a população e os profissionais de saúde somente adquirem medicamentos em estabelecimentos devidamente regularizados, sempre na embalagem completa – dentro da caixa – e mediante emissão da nota fiscal. Em caso de identificação de unidades dos medicamentos com suspeita de falsificação, a população ou os profissionais de saúde não devem utilizar o produto e devem entrar em contato com as empresas detentoras do registro desses produtos, para verificar sua autenticidade”, conclui a agência em seu portal.